segunda-feira, abril 28, 2008

Blow a candle and make a wish


Oração por uma pequena casa

Deus nos dê uma pequena casa
Para onde possamos voltar.

De muros baixos, com hera crescida,
Janelas grandes e uma vista espetacular.

Despensa farta e poltronas aconchegantes,
Caminhas limpas no andar de cima...

E, acima de tudo, conversa boa,
Móveis rústicos, fileiras de livros.

Um quadro em cada parede,
Não é preciso muita coisa.

Deus nos dê um pequeno pomar
De árvores belas e com muitas frutas.

Flores... de todas as cores, e
Acima de tudo, o céu estrelado.

E, quando o vento mais forte soprar
Que Deus abençoe o nosso lar.

(Florence Bone)


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quarta-feira, abril 23, 2008

Mesmo (?) Conteúdo, Nova Forma

Levei o nome do meu blog para fazer um test-drive.
A cara também, caso possa ter ficado dúvida rs.
O anterior estava obsoleto, sem tempero e sem significado. Três defeitos que eu não suporto num blog. Ou na vida.
"Ariel, Georgiana, Kyra e Todas as Outras" está sob avaliação. Se passar, deverá permanecer por um tempo.
Antes de mais nada, são três nomes que considero fortes e belíssimos, e identidade sempre me interessa. Quando vi a nova imagem que se formou, praticamente sozinha, enxerguei nela estas três mulheres respectivamente.
Ariel é a eterna criança. Espontânea, curiosa, inocente.
Georgiana é a grande mulher. Destemida, determinada, entusiasta.
Kyra é a bruxa-fada. Misteriosa, transcendente, intuitiva.
Em comum, elas têm a autenticidade, a impulsividade e a naturalidade. Gostam de si mesmas e do outro. De todos os outros. Respeitam o ser e o estar, mesmo que não se dêem conta disto racionalmente. São velhas e são novas. Habitam corpos específicos, mas suas almas não têm idade. Perfumam os lugares com o aroma de quem gosta de viver.
Me pergunto se elas existem. Quero muito que existam. Não sei onde vivem ou o que pensam de eu as ter colocado aqui.
Sei que aconteceram e se encontraram e me encontraram porque o movimento precisa sempre continuar.
Este post é para dar as boas-vindas à mudança nossa de cada dia.

"... the powerfull play goes on, and I can contribute with a verse."

segunda-feira, abril 14, 2008

Palavras Cantadas



A música é uma presença.

Ontem me lembrei de uma fita cassete guardada que tem quase a minha idade, onde estão registrados alguns dos meus primeiros ensaios de cantora de chuveiro.

Eu, com 1 ano e meio, "cantando" com uma tia (ao violão) e uma prima em segundo grau.

Até sabia as letras! Só era difícil de compreender o que é que eu estava dizendo. Inventava umas palavras, resmungava outras, mas eu sabia tudinho, ou quase.

Algumas eram mais difíceis, eu não conseguia cantar junto. Mas acompanhava o desenrolar da melodia e fazia côro na hora dos "os" e "as".

As músicas desta gravação ficaram presentes. Costuraram momentos e memórias. Fizeram e fazem sentir bem, muito bem. Ainda que, na época, "um dia, gatinha manhosa eu prendo você no meu coração" me fizesse chorar, porque eu tinha absoluta certeza que este tal de coração era um lugar onde alguém ia mesmo me trancar.

Nos quase trinta anos da minha vida, é muito especial lembrar dos Vinte e Poucos Anos cantados naquela época. A letra ficou imortal. Quero saber bem mais que os meus vinte e poucos anos.

"Você já sabe , me conhece muito bem
Eu sou capaz de ir, e vou, muito mais além
do que você imagina
Eu não desisto assim tão fácil, meu amor
das coisas que eu quero fazer e ainda não fiz
Tudo na vida tem seu preço, seu valor
E eu só quero nessa vida é ser feliz..."

Quem assistiu Happy Feet, o desenho daqueles pinguins cantores pra lá de simpáticos, sabe que para eles é tradição inviolável que cada novo pinguinzinho encontre a canção do seu coração. Qual não foi o desastre, quando o pinguim-título não consegue cantar nem para salvar a vida. Seu negócio era dançar. Tinha um sapateado de raro talento. No caso dele, a canção era cantada com os pés, não com as cordas vocais. E assim ele foi, movendo céus, terras e obstáculos, e tocando quem encontrava pelo caminho em nome de fazer o que acreditava.

Gosto da idéia de que cada um possa descobrir sua canção do coração, não seria nada mal se a gente como a gente copiasse esta "tradição".

Assim me parece quando me lembro da música dos vinte e poucos.

Praticamente uma canção cantada com o coração. Veio, de longe, me acompanhando e me marcando com a sua mensagem.

...Mas que bobagem, já é tempo de crescer.

Doce a presença da música em minha vida. Tantas poesias, tantos ritmos que me fizeram encontrar mais e mais com este quê de essência da minha alma.

Cantando, vim me conhecendo. Recebendo sutis mensagens que me acalentaram, inspiraram, emocionaram, moveram, desvendaram.

Canto ainda hoje, e sempre, para saber mais quem sou. Como a passagem para um caminho que só se abriria diante de uma melodia.

Música que destrava portas, janelas, pessoas. E me faz canção.
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segunda-feira, abril 07, 2008

(Des) Classificado


Procura-se:
Autonomia, criações infinitas, escrita permanente, imagens ininterruptas
Ares
Horizontes
Aptidão para inspiração
Expressão.
Gente que gosta de gente
Parceria
A novidade desafiadora
Fé na dúvida
Ebulição. De sentidos, de idéias, de troca, de não parar de querer.
Realização

Faz bem imaginar quem sonho ser.
Estamos para nos encontrar.
O mundo é grande, eu sei. E cabe nestas pálpebras a piscar.
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