Num dia desses
como outro qualquer
amanheceu, e eu
por um triz acordei
Senti o frio me transpassar
o peito
lá onde estava o coração
Agora, quase jaz.
Contraído
Aturdido
Diminuto
Despedaçado
Se de fato morresse
bálsamo dos deuses!
O fel adoçaria
Secaria o sumo da dor
O corpo, sobrevivente anônimo
cortado e caído
n'alguma trincheira
de vinagre e sal
Viveria?
Acaso perguntassem por mim
surgiria apenas o silêncio
Nada há para dizer
de quem desapareceu
Tantas palavras e curativos
de boa intenção
foram desperdiçados em mim
É assim, a pequenez
"- Não há mal que sempre dure
nem bem que nunca se acabe"
Qualquer alma em falência
já ouviu alguém dizer
E foi num dia desses
como outro qualquer
Que eu esperava pelo sol
quando, por fim, ele nasceu.
O orvalho me roçava o rosto
e me deixava lamber
frescor e talvezes
Quem crê em tantos deuses?
Rumo ao meu norte
límpido e forte coração
Ave bravia de cicatrizes conquistadas
pulsou num sorriso
E veio um respiro.
Ar
Som
Céu
Lar
Já não procurava
e de não procurar, me encontrava
Esperava, sem muito esperar
Desejava, sem identificar.
A surpresa, reservada ao final
chegou-se antes, transversal
Movimento misterioso
bem-vindo sem convite
Desembrulhado o presente
aura de eclipse total
Modelos de sol e lua
Cai, afinal, a armadura
Mel caído em noite fria
Abraço o abraço, berço e laço
Arremesso novo em ascensão
Sem queda, livre conjunção
E veio um suspiro.
E sei, simplesmente
que nesta era
se faz suficiente
ser quem eu sou.
Minha alma navega
onde seus olhos marejam
Emoções-confissões, ondas
quebrando sobre velhas divisões
De repente, é simples
uma janela aberta para ser dois
degustação a fino paladar
entrelaçando-nos.
Respiração boca-a-boca
múltiplas vezes ao dia
Salvação da mediocridade
estéril defesa vazia
Bendito fruto de céu de fevereiro
Amem, amem, amem.
como outro qualquer
amanheceu, e eu
por um triz acordei
Senti o frio me transpassar
o peito
lá onde estava o coração
Agora, quase jaz.
Contraído
Aturdido
Diminuto
Despedaçado
Se de fato morresse
bálsamo dos deuses!
O fel adoçaria
Secaria o sumo da dor
O corpo, sobrevivente anônimo
cortado e caído
n'alguma trincheira
de vinagre e sal
Viveria?
Acaso perguntassem por mim
surgiria apenas o silêncio
Nada há para dizer
de quem desapareceu
Tantas palavras e curativos
de boa intenção
foram desperdiçados em mim
É assim, a pequenez
"- Não há mal que sempre dure
nem bem que nunca se acabe"
Qualquer alma em falência
já ouviu alguém dizer
E foi num dia desses
como outro qualquer
Que eu esperava pelo sol
quando, por fim, ele nasceu.
O orvalho me roçava o rosto
e me deixava lamber
frescor e talvezes
Quem crê em tantos deuses?
Rumo ao meu norte
límpido e forte coração
Ave bravia de cicatrizes conquistadas
pulsou num sorriso
E veio um respiro.
Ar
Som
Céu
Lar
Já não procurava
e de não procurar, me encontrava
Esperava, sem muito esperar
Desejava, sem identificar.
A surpresa, reservada ao final
chegou-se antes, transversal
Movimento misterioso
bem-vindo sem convite
Desembrulhado o presente
aura de eclipse total
Modelos de sol e lua
Cai, afinal, a armadura
Mel caído em noite fria
Abraço o abraço, berço e laço
Arremesso novo em ascensão
Sem queda, livre conjunção
E veio um suspiro.
E sei, simplesmente
que nesta era
se faz suficiente
ser quem eu sou.
Minha alma navega
onde seus olhos marejam
Emoções-confissões, ondas
quebrando sobre velhas divisões
De repente, é simples
uma janela aberta para ser dois
degustação a fino paladar
entrelaçando-nos.
Respiração boca-a-boca
múltiplas vezes ao dia
Salvação da mediocridade
estéril defesa vazia
Bendito fruto de céu de fevereiro
Amem, amem, amem.
13 comentários:
Lindo, lindo, lindo... Linda.
Beijo, poeta mais amada!
Querida Bia: aqui entrei para agradecer tua carinhosa visita e conhecer o teu espaço. Confesso que estou encantada com tudo aquilo que vi até agora. Teus poemas são belíssimos, tua prosa superagradável, tuas imagens muito bem escolhidas, e as fotos... um presente a parte para quem aqui entra. Sente-se até a emoção do momento em que foram clicadas.
Confesso que me perdi entre tanta coisa bonita, significativa, profundamente sentidas antes de serem externizadas.
Tens o dom, menina, da mais bela e pura Poesia! Teu espaço oferece-nos qualidade, beleza, momentos de emoção, de ternura, enfim, gostei muito de te conhecer através do teu blog. Prometo voltar!
Que o dia te chegue lindo, envolto na mais pura alegria, perfumando teus caminhos com delicadas flores. Fica também um beijo no teu coração!
*sou Bia de Beatriz, portanto, tua xará.
*desculpe o alongado do comentário, mas tenho o defeito de não saber ser concisa.
(risos)
Gostoso descobrir mais um espaço pintado de poesia e tons de esperança, amorosidade, nesta manhã suave de setembro! ABraços alados.
.
Eu já nem sei se critico o sol e elogio a lua ou vice-versa para viçar o viço. Não entendi se a vida surgiu do nada ou se alguma droga surgiu de coisa alguma. Eu também amo o que ainda não surgiu em mim, mas não viveria um segundo sem a presença do desconhecido,
dentro de mim.
Não lute contra o que obviar, mas também não se entregue sem brigar.
silvioafonso, cada vez mais louco.
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Bia...
Delícia tua presença lá no sítio. Nem vou esperar o tempo de maturação do contato. Estou te linkando. Como regra da casa, procure-se no garimpo das letras.
beijão.
Atos belíssimos, canções e orações.
Assim seja, Amém!
Obrigada por tudo!!
Quantos sentidos...saio embreagado,tonto,sem rumo desencontrado em teus versos.
Assim seja: amor.
Amém!!!
beijos!!!
Amém !!! Amei...palavras, fotos...essência!!! Primeira vista de muitas com certeza.
Amei o poema. Maravilhoso!
:)
Biiiiiiiiia!
Aqui eu me encontro!
Beijo, flor.
Mai*
Lindo poema, Bia!
Beijo e carinho.
.
Estou em um canteiro de novas frases. É uma nova maneira de falar usando as mesmas palavras que entrelaçadas de uma forma sutil vibram suaves nos ouvidos e encanta no olhar. Cuide bem deste viveiro. Você terá muitas surpresas na colheita.
silvioafonso
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