segunda-feira, outubro 06, 2008

Cara Lavada


Eu sou mais bonito do que eu
Mas me esqueço
Quando eu sou feio, extrapolo
lindo quando eu sou bonito


Vem à lembrança que bom, é ser eu
nem sempre
mas vem.
A lembrança faz bem demais.

O esquecimento,
hora marcada, com chegada sem saída
para um tormento lento
Sonho ruim sem acordar.

Solitária a feiúra acompanhada.
Mais vale uma beleza
incompreendida
do que várias feiúras voando a esmo

Boniteza tem gosto sim
tem cheiro, tem cara
Voz, pós-guerra incondicional
ao fim de uma linha.

Ponto, parágrafo
e, para a surpresa de um feio
outra linha , no meio de um texto
que não cansa escrever, nem ler.

7 comentários:

Carol Biavati disse...

E viva a beleza de cada um!

Um beijo.

dade amorim disse...

Uma graça de poema, leve e vivaz.
Beijo, Bia.

Anônimo disse...

Como quaisquer conceitos, a beleza e a feiúra são relativas. Estãos empre dependentes do olhar!
O poema é uma delicia! Vc faz um jogo de palavras muito interessante!
Beijo, menina!

Cris disse...

Oi, Bia...

A beleza tem cheiro, tem personalidade. Assim como a feiúra.

Beijo, linda.

Anônimo disse...

Olá Bia, que bela surpresa...
beijos
adriana

Rita Teixeira disse...

Entro, então, com um parênteses prá dizer que adorei o seu também e que com certeza voltarei com calma para aproveitar melhor... uma visita assim tão carinhosa a gente não esquece.

Fanzine Episódio Cultural disse...

SUSSURROS



Quero sussurrar-lhe ao ouvido,

Todo verso que te emociona,

Reger a sinfonia de sua natureza,

Ser o motivo de sua alegria

A razão de sua existência.



(Agamenon Troyan)