Ela pisou no palco com as luzes apagadas.
Alongou mais uma vez os músculos obedientes já acostumados ao seu bailar.
Caminhou pé ante pé , com os ouvidos no som que este breve conduzir-se produzia, sentindo a respiração ritmar em sua pisada firme.
Ela subiu no salto com a mente em tudo o que viria.
Cada passo, cada movimento, cada batida.
À frente dela, nada além do breu, iluminando-a para além da estrela mais clara da galáxia mais viva.
O suor que já dava sinais e o sorriso nervoso que não conseguia disfarçar surgindo de leve no canto dos lábios.
A música começou e fez vibrar corpos e coxia e ela sentiu seu coração acelerar irremediavelmente, bombeando lágrima para o olhar que entregue, transbordava.
Ela, satélite, rodopiava alta e altiva pela imensidão, desejosa de que nunca chegasse o final daquele sonho. Ali, era um ser atemporal e feliz.
De longe, pronto para o aplauso, o espírito que era seu a observava num misto de espanto e alívio.
A luz se acendeu e não a encontrou, que já efervescia etérea para dentro da noite emudecida.
quarta-feira, novembro 08, 2006
Soul in slow motion
Postado por Bianca Helena às 10:34 PM
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8 comentários:
Oi, Bia
também gosto de seguir trilhas e mais trilhas, de blog em blog. E é saboroso quando nessas andanças encontro lugares que me chamam a voltar...
Obrigado pela visita.
mobein, tu já tinha postado esse texto, ou é um déjà vu?
adoro imagens assim. beijocas!
Você definitivamente me emociona e me enche de paz.bju
Lindo! Leveza, emoção... dá para sentir-se protagonista. Maravilhoso. Mais uma vez: aplausos.
Bjos, Déa.
Uhmmm eu também deixo meus aplausos, e sonho com este dia que vai chegar!!
Bjssssssss
Bom demais fazer o q se gosta, não?
Gostaria de vê-la dançando algum dia...
Abração!
Preciso dizer alguma coisa?
=/
Hoje, prefiro não. Quem sabe um suspiro diz o que estou sentindo?
quem já pisou num palco sabe que é isso mesmo.
bj!
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